sexta-feira, 11 de julho de 2014

O que precisamos para ser felizes?

          "Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?" É com esta pergunta que Martha Medeiros dá início ao livro de crônicas Feliz Por Nada. Ele já começa permitindo ao leitor questões tão simples mas que podem ser tão bem pensadas. Você não precisa responder, porém esse indagar-se, conhecer-se é o importante. Onde você gostaria de estar? O que gostaria de estar fazendo? Espero que lendo esta resenha.
          Lançado pela L&PM Editores com um total de 216 páginas, Feliz por Nada traz o quotidiano, o comum, sob um novo ponto de vista. A romancista, cronista e poeta, que já teve obras adaptadas para a tv, o teatro e o cinema, fala aos leitores como se estivesse em sua casa, à vontade, tomando um chá de hortelã, e refletindo, não sozinha mas com um amigo, você que está lendo. Possuindo mais de 80 crônicas, Martha aborda os mais diversos temas e faz um mix de situações que não, às vezes, podemos pensar que não cabiam em uma reflexão. Ela escreve sobre amizades, relacionamentos novos e antigos, Deus, mulheres, escritores e cineastas, sobre perder-ser e reencontrar-se.
           Este foi o primeiro livro que já li de Martha Medeiros, e sim, me apaixonei pela sua escrita e pelo seu modo de ver as coisas. Por que complicar as coisas? Elas são relativizadas, trazidas à frente, pensadas, e nada escapa do comum. O que mais me chamou a atenção nesse livro foi justamente isso de enxergar as coisas de uma maneira descomplicada. Complicamos demais as coisas, não é mesmo?
          Saboreei os escritos de Martha Medeiros e os analisei. Acho meio que impossível você não parar a cada crônica de uma das nossas melhores escritoras. E atrasei um pouco a minha leitura justamente por esse fato. Sempre parava e refletia. Quem sabe um dia eu escrevo como Martha. É querer demais? Também acho isso. Mas é sonhando alto que podemos chegar lá um dia.
          Então, é isso, eu recomendo a vocês este livro. Experimentem, leiam aos poucos, sem pressa. Tomem um chá (de hortelã) com Martha Medeiros. Sejam amigos dela, nesse período de leitura, como eu fui ao ler. E descubram o motivo de ser feliz por nada: fazer a opção por uma vida conscientemente vivida, mais leve, mas nem por isso menos visceral.

          Se você quiser ler a crônica que dá título ao livro, clique aqui.

          Comente, curta, compartilhe, recomende e faça um blogueiro feliz.

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